O que eu sinto não muda, o que você me passa não muda, certas pontes as vezes deixam de ser de estrelas para se tornarem um lindo arco-íris, sempre soube o que você sentia, sempre notei que tanto quanto eu você estava nesse abismo sem fim, desculpa por te trazer junto comigo...
"Era uma vez...
Um lindo bosque verde, próximo a uma colina, com uma gigantesca árvore em seu meio, lá se encontrara um rapaz, nada velho porém com um rosto triste, marcas criadas pela solidão que o abatia a cada dia mais e então alguém, alguém de lindos cabelos loiros e um vestido azul se aproximava aos saltos, como uma criança se divertindo por entre as flores, camélias, lindas camélias, ao se aproximar notou que aquele jovem sentado lhe notara, seus olhos brilhavam, neste instante ele reparou que a criança que aparentava ser por fora na verdade era muito mais madura que até mesmo ele.
Calejado pela anistia que o exílio lhe proporcionara mal a cumprimentou, mas tentou ser gentil. O tempo passou e toda a quinta feira a tarde as três horas, ele à esperara, o sorriso contagiante refugiado agora em vestes pretas e anéis nos dedos despertavam a curiosidade do garoto.
E então, como o refrão de um bolero, ele foi sincero, talvez como não se pode ser, e tudo aconteceu, a chuva caiu, o sol se escondeu, e o primeiro beijo acorreu...
Então os dois se encontravam todo o dia e a vontade crescia como tinha de ser, e juntos caminhavam por aquele campo até que chegaram em um gigantesco abismo, então ele caiu, ela tentou o segurar, o egoísmo do garoto que não queria soltar a mão dela, e talvez ela não quisesse o soltar também e então a levou junto, em um abismo sem fim os dois caíram, de mãos dadas eles desceram, mas por um instante alguém a segurou e bela menina se foi e as mãos dos dois se soltaram..."
Gostaria de escrever mais, mas sinto que esta história ainda não terminou...
Eu te desculpo e não quero te perder...
Mas eu estou aqui e ele lá...
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