sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Triste é quando o frio lhe agarra!

Triste é quando você nota que se torna repetitivo e tedioso, quando seus assuntos acabam por ser sempre os mesmos, quando suas novidades se resumem em atividades cotidianas que nunca mudam, então você descobre que a solidão se torna uma grande amiga, talvez melhor do que aquela velha roda enorme de amigos, a meia luz da toca em que me enfiei vem se tornando padrão, e o sol que antes fazia tão bem, agora ofusca os olhos, que por sua vez, desconhecem o brilho de outrora.
E então aquela antiga música que já soou por várias vezes em momentos como este volta a tocar, repentinamente, como um alento aos ouvidos, ou como uma súplica do peito, pedindo para não ter que passar por tudo aquilo novamente. Na verdade, já não sei se posso sentir algo novamente, o frio consome como o fogo, mas de uma maneira mais dolorosa, mais lenta, mais corrosiva, ele expõe tudo, e com isso congela aos poucos impedindo que você se mova, mas permitindo que esteja consciente o suficiente para sentir, a dor, a vergonha, a solidão, a pena, o frio, que neste instante já não se sabe, se vem de fora ou de dentro.

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