terça-feira, 13 de setembro de 2016

Eu preciso escrever!

Eu preciso escrever, sim, eu definitivamente preciso escrever. Me faltam palavras, não digo, não faço questão, me irrito e isso me corrói por dentro que as pessoas não seriam capazes de vislumbrar tal sensação.
Quem diria, tanto tempo e cá estou eu, uma vez mais, nesse antro de desabafos e lamentações das fases mais sombrias da minha vida, escrevendo. Tentando. Agora, pensando com calma, acho que posso chamar isso aqui de diário. Sim, daqueles que um dia nossos filhos vão ler e pensar: "Nossa, isso é tão antiquado, será que é dele mesmo?".
Não consigo expressar o que sinto, acho que essa é a primeira vez, ou talvez a saturação de sentimentos sobrepostos acabou abarrotando o gargalo do meu peito de coisas estranhas que não conseguem sair. Não devia ter ficado tanto tempo longe. Eu acho que estou esvaído, é sério, nunca me senti tão entupido e tão vazio ao mesmo tempo.
Eu quero escrever, na verdade eu quero mesmo é falar, gritar aos sete ventos o que eu sinto, mas eu caio em contradição quando tento. Tenho tanto pra falar, então abro minha boca e não sai nada.
Bom, vou começar. Sim, aos poucos, colocar tudo em ordem, nem que seja apenas no papel.
Assustador, eu juro que estava com muito mais raiva quando escrevi as três primeiras palavras desse desabafo sem nexo. Na verdade estar com raiva é reconfortante. É mais fácil odiar alguém do que decepcionar-se com esta pessoa, ou até mesmo sofrer a dor de perder esta pessoa. A raiva marcara muito bem os piores sentimentos, escondidos atrás, bem no fundo. Acho que ela é uma auto defesa do nosso subconsciente. Uma forma de tentar impedir que as feridas fiquem expostas ao meio árido e imundo ao qual nos encontramos.
Pensando bem, eu quero ficar com raiva. É sério, estava doendo menos.

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